Mitos da Nutrição Moderna

A nutrição moderna encontra-se em uma encruzilhada fascinante: enquanto avançamos tecnologicamente na análise de alimentos e compreensão bioquímica do metabolismo, observamos um aumento alarmante nas taxas de obesidade, diabetes e doenças inflamatórias crônicas. Esta contradição nos convida a questionar: estariam os paradigmas nutricionais contemporâneos fundamentados em bases científicas sólidas ou seriam construções influenciadas por fatores econômicos, culturais e políticos do último século?
Neste cenário paradoxal, voltamos nosso olhar para a sabedoria ancestral alimentar – não com nostalgia romântica, mas com curiosidade investigativa. As práticas nutricionais que sustentaram civilizações por milênios, antes do advento da industrialização alimentar e das diretrizes nutricionais padronizadas, oferecem perspectivas valiosas que a ciência moderna começa a validar. Este diálogo entre tradição e ciência contemporânea representa um campo fértil para repensar nossas relações com o alimento.
1 – O Mito de Comer de 3 em 3 Horas
Paradigma Convencional:
O mito de que devemos comer a cada 3 horas para otimizar o metabolismo e a saúde ganhou ampla aceitação popular nas décadas de 1980 e 1990. Esta crença surgiu no contexto da cultura fitness e do bodybuilding, onde atletas buscavam estratégias para maximizar o ganho muscular e a queima de gordura.
A origem deste conceito pode ser atribuída a uma interpretação simplificada de estudos sobre termogênese induzida pela alimentação (o gasto energético associado à digestão). Alguns pesquisadores observaram que pequenas refeições frequentes poderiam manter o metabolismo ligeiramente elevado ao longo do dia, o que foi rapidamente extrapolado para a recomendação generalizada de “comer de 3 em 3 horas”.
A popularização ocorreu principalmente através de:
- Revistas de fitness e saúde que simplificavam conceitos científicos complexos
- Celebridades e influenciadores do mundo fitness que adotaram e promoveram o padrão
- Programas de emagrecimento comerciais que incorporaram esta recomendação
- A praticidade de uma regra simples e fácil de seguir
O apelo do mito reside em sua aparente lógica: se comer ativa o metabolismo, então comer com frequência manteria o metabolismo constantemente acelerado. Esta ideia foi reforçada por afirmações de que longos períodos sem comer levariam o corpo a um “modo de fome”, desacelerando o metabolismo.
Entretanto, pesquisas mais recentes demonstram que a frequência alimentar tem impacto mínimo no metabolismo total e que padrões alimentares variados podem ser igualmente eficazes para diferentes objetivos de saúde.
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Nossos ancestrais caçadores-coletores tinham padrões alimentares irregulares, frequentemente passando horas ou dias sem alimentação abundante
- Impacto da Insulina: Refeições frequentes mantêm a insulina cronicamente elevada, impedindo a lipólise (queima de gordura) e promovendo resistência insulínica. Deste modo, representam uma das grandes causas de Diabetes.
- O estudo de Satchin Panda (2012) sobre “Time-Restricted Feeding” mostrou que concentrar a alimentação em janelas temporais menores melhora marcadores metabólicos, contradizendo a premissa de que o corpo necessita de alimento a cada 3 horas.
- O jejum intermitente ativa mecanismos de autofagia celular (Nobel de Medicina 2016 – Yoshinori Ohsumi)
- A revisão sistemática de Bonnet et al. (2020) não encontrou evidências de que refeições frequentes aumentem o gasto metabólico
Aplicação Prática:
Considerar janelas alimentares de 6-10 horas, respeitando os ritmos circadianos e permitindo períodos de jejum para otimização metabólica. É fundamental aprender a ouvir o próprio corpo e principalmente identificar nossos condicionamentos alimentares, seja por questões emocionais ou por mera replicação do que nosso meio de convivência instituiu como correto. Não seria muito mais natural comer apenas quando nosso corpo da sinais de que realmente estamos com fome ?
2 – O Mito do Bife do Tamanho da Palma da Mão

Paradigma Convencional:
Um mito popular na nutrição sustenta que a quantidade ideal de proteína em cada refeição equivale a um bife do tamanho da palma da mão. Essa crença teve origem em interpretações simplificadas de estudos e se espalhou em ambientes de academia e redes sociais. Apesar de sua atratividade, a medida ignora diferenças individuais como idade, peso e nível de atividade. Pesquisas recentes ressaltam que as necessidades proteicas são variáveis e não podem ser generalizadas a uma única porção padrão hoje.
O mito de que nossa necessidade de proteína equivale a um bife do tamanho da palma da mão ganhou popularidade por sua simplicidade e praticidade. Esta regra surgiu como uma forma de orientação visual acessível em um cenário onde informações nutricionais detalhadas não estavam facilmente disponíveis para o público.
A popularização ocorreu principalmente através de revistas de saúde e fitness nos anos 1990 e 2000, quando nutricionistas buscavam métodos simples para ensinar como medir as porções dos alimentos. O conceito foi amplamente divulgado por personalidades fitness e incorporado em programas de emagrecimento populares.
Entretanto, esta simplificação ignora fatores cruciais como:
- Diferenças nas necessidades individuais baseadas em peso, idade e nível de atividade
- Variação na densidade proteica entre diferentes fontes (animal vs. vegetal)
- A distribuição ideal de proteínas ao longo do dia
- Objetivos específicos (ganho muscular, manutenção, recuperação)
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Estudos arqueológicos indicam que sociedades de caçadores-coletores obtinham 30-35% de suas calorias de proteínas animais
- A meta-análise de Phillips & Van Loon (2011) demonstrou que atletas necessitam de 1,6-2,2g/kg de proteína para otimização muscular
- O estudo DIOGENES (2010) mostrou que dietas com maior teor proteico (25-30% das calorias) são mais eficazes para manutenção de peso
- Pesquisas de Stuart Phillips demonstram que idosos precisam de até 1,5g/kg para prevenir sarcopenia
- A revisão de Antonio et al. (2016) não encontrou efeitos adversos em consumos proteicos de até 3g/kg em indivíduos saudáveis
Aplicação Prática:
Considerar porções proteicas maiores, especialmente para praticantes de atividade física, pessoas em déficit calórico e idosos.
3 – O Mito do Atleta que precisa comer bastante Carboidrato
Paradigma Convencional:
O mito de que atletas devem consumir quantidades excessivas de carboidratos tem raízes em estudos das décadas passadas, os quais relacionavam esse macronutriente ao fornecimento de energia essencial para longos treinos e competições. A ideia central era que, devido ao elevado gasto energético durante o exercício, atletas poderiam – e deveriam – consumir carboidratos quase de forma ilimitada para repor os estoques de energia.
No entanto, pesquisas mais recentes demonstram que essa abordagem não leva em conta as variações individuais em termos de metabolismo, necessidades energéticas e composição corporal. Cada atleta possui uma resposta metabólica única aos carboidratos, marcando a importância de um balanço adequado com outros nutrientes, como proteínas e gorduras, essenciais para a recuperação muscular, a manutenção do sistema imunológico e o suporte hormonal.
Além disso, o consumo excessivo e frequente de carboidratos pode resultar em picos de insulina, hormônio responsável pela captação de glicose, que, a longo prazo, podem contribuir para a resistência insulínica. Esse processo está associado a um risco aumentado de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e pode favorecer a ocorrência de processos inflamatórios no organismo, comprometendo não apenas a saúde geral, mas também o desempenho esportivo.
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Povos tradicionais como os Inuit e Masai mantinham excelente condicionamento físico com dietas naturalmente baixas em carboidratos
- O estudo FASTER (Volek et al., 2016) demonstrou que atletas adaptados à cetose têm maior capacidade de oxidação de gordura durante exercícios
- Pesquisas de Jeff Volek e Stephen Phinney mostram que a adaptação cetogênica aumenta a biogênese mitocondrial e a eficiência energética
- O conceito de “metabolic flexibility” (Goodpaster & Sparks, 2017) sugere que alternar entre fontes energéticas é extremamente benéfico ao corpo
- Dietas cetogênicas aumentam os níveis de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), potencialmente melhorando a cognição durante exercícios
Aplicação Prática:
Estudos contemporâneos recomendam uma abordagem personalizada, onde a quantidade e o tipo de carboidrato ingerido são ajustados de acordo com o perfil metabólico, o tipo de atividade física e os objetivos individuais do atleta. Alternativamente, considerar abordagens periodizadas de carboidratos ou adaptação à cetose (estado metabólico quando o corpo passa a utilizar predominantemente a gordura como fonte de energia) para atletas, especialmente em esportes de resistência. Dessa forma, a estratégia nutricional se torna mais eficiente, contribuindo para um melhor rendimento esportivo e para a manutenção de uma boa saúde a longo prazo.
4 – O Mito do “Quanto Mais Colorido o Prato Melhor”

Paradigma Convencional:
O mito de que “quanto mais colorido o prato, melhor” ganhou força como uma simplificação nutricional que visa incentivar o consumo de uma variedade de vegetais e frutas. Esta ideia surgiu como uma estratégia educacional para combater dietas monótonas e nutricionalmente pobres.
A origem deste conceito remonta às recomendações nutricionais dos anos 1990, quando organizações de saúde buscavam maneiras simples de comunicar princípios alimentares complexos ao público geral. A popularização ocorreu principalmente através de programas de televisão sobre saúde, revistas de bem-estar e posteriormente nas redes sociais com imagens visualmente atraentes de “rainbow bowls” e “saladas coloridas”.
O apelo visual desta recomendação contribuiu significativamente para sua disseminação. A simplicidade da mensagem – “coma cores diferentes” – tornou-se facilmente memorizável e compartilhável, especialmente em uma era onde conteúdo visual domina as plataformas de mídia.
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Plantas contêm compostos de defesa, os famosos antinutrientes (lectinas, oxalatos, fitatos, inibidores de protease) que podem interferir na absorção de nutrientes
- Muitas culturas tradicionais consumiam quantidades moderadas de vegetais, frequentemente fermentados ou preparados para reduzir antinutrientes
- O estudo de Koebnick et al. (2005) mostrou que dietas ricas em oxalatos (um dos antinutrientes) aumentam significativamente o risco de cálculos renais
- A biodisponibilidade de nutrientes em alimentos animais é geralmente superior à de fontes vegetais (ex: ferro heme vs. não-heme)
- Pesquisas sobre hormese sugerem que alguns antinutrientes em doses moderadas podem ter efeitos benéficos, mas excessos são prejudiciais
Aplicação Prática:
Priorizar qualidade sobre quantidade e diversidade, preparar vegetais adequadamente (fermentação, cozimento, germinação) para reduzir antinutrientes. Evitar ao máximo a ingestão de vegetais e grãos crus.
5 – O Mito do café da manhã é a refeição mais importante do dia
Paradigma Convencional:
O mito de que “o café da manhã é a refeição mais importante do dia” tem raízes profundas na cultura alimentar moderna. Esta crença ganhou força no início do século XX, não necessariamente por evidências científicas robustas, mas por uma combinação de fatores culturais e comerciais.
A origem deste conceito pode ser rastreada até campanhas publicitárias das indústrias de cereais matinais nas décadas de 1920 e 1930. Empresas como Kellogg’s e Post promoveram agressivamente a importância do café da manhã para vender seus produtos. O slogan “Breakfast is the most important meal of the day” foi popularizado por John Harvey Kellogg, que tinha interesse direto na venda de cereais matinais.
A popularidade do mito foi amplificada por:
- Estudos observacionais que mostravam correlação (não causalidade) entre tomar café da manhã e melhor saúde
- Recomendações médicas baseadas em teorias sobre metabolismo e controle glicêmico
- Tradições culturais que valorizavam refeições matinais substanciais
- Programas escolares que enfatizavam a importância do café da manhã para o desempenho acadêmico
Com o tempo, esta ideia foi incorporada ao senso comum e reforçada por nutricionistas, revistas de saúde e programas de televisão, tornando-se um “fato” raramente questionado até pesquisas mais recentes sobre jejum intermitente e cronobiologia começarem a desafiar esta visão simplista.
Falácias sobre o Desjejum imediato:
- O mito de que “pular o café da manhã leva ao ganho de peso” foi desafiado pela meta-análise de Sievert et al. (2019), que não encontrou evidências consistentes desta associação
- A crença de que “o café da manhã melhora a cognição” é contextual; estudos como o de Adolphus et al. (2017) mostram que os benefícios cognitivos dependem do estado metabólico individual e tipo de refeição
- A noção de que “o café da manhã acelera o metabolismo” foi contestada por pesquisas como a de Betts et al. (2014), que não encontrou diferença significativa na taxa metabólica basal entre consumidores e não consumidores de desjejum
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Culturas tradicionais raramente seguiam horários rígidos para alimentação matinal; o consumo era determinado pela disponibilidade de alimentos, ciclos sazonais e atividades diárias
- Muitas sociedades pré-industriais iniciavam suas atividades físicas em jejum, reservando a primeira refeição para após completar tarefas matinais importantes
- Registros históricos de diversas civilizações mostram que refeições substanciais eram frequentemente consumidas após a metade da manhã ou próximo ao meio-dia
Impactos Metabólicos
- O estudo de Jamshed et al. (2019) publicado no Cell Metabolism demonstrou que atrasar a primeira refeição do dia (alimentação com restrição de tempo) melhorou significativamente sensibilidade à insulina, pressão arterial e estresse oxidativo
- A pesquisa de Sutton et al. (2018) mostrou que restringir a alimentação a uma janela de 6 horas, com a última refeição antes das 15h, melhorou múltiplos indicadores de saúde metabólica mesmo sem redução calórica
- O cortisol segue um ritmo circadiano natural, com pico 30-45 minutos após acordar (estudo de Fries et al., 2009), período em que o corpo já está naturalmente mobilizando glicose
- A ingestão de carboidratos logo ao acordar pode causar picos pronunciados de insulina quando a sensibilidade a este hormônio está naturalmente alterada pela manhã (fenômeno conhecido como “Efeito Dawn”)
- O estudo de Peterson et al. (2017) demonstrou que estender o jejum noturno para 16+ horas melhorou a oxidação de gordura e reduziu marcadores inflamatórios
- A revisão de Mattson et al. (2014) na Cell Metabolism sugere que períodos de jejum ativam vias metabólicas que aumentam a resistência ao estresse celular, suprimem inflamação e otimizam o metabolismo energético
Aplicação Prática:
—> Horário Ideal para o Desjejum
- Considerar adiar a primeira refeição para 2-4 horas após acordar, permitindo que os ritmos circadianos naturais se estabeleçam
- Para quem pratica exercícios matinais, avaliar o treino em jejum (para sessões de baixa a moderada intensidade) ou alimentação estratégica pré-treino para sessões de alta intensidade
- Observar sinais corporais individuais de fome real versus hábito condicionado
—> Composição do Desjejum
- Quando realizado, priorizar proteínas e gorduras saudáveis na primeira refeição para estabilizar a glicemia e promover saciedade
- Moderar carboidratos refinados e açúcares, especialmente em pessoas com sensibilidade à insulina ou tendência à hipoglicemia reativa
- Considerar a abordagem “quebra-jejum” literal: uma refeição que efetivamente encerra um período benéfico de jejum, não uma obrigação temporal
—> Personalização / Sentido o Próprio Corpo
- Reconhecer que a resposta metabólica ao timing alimentar varia significativamente entre indivíduos
- Pessoas com condições específicas (diabetes, hipoglicemia, gravidez, certos distúrbios hormonais) podem se beneficiar de abordagens personalizadas
- Experimentar diferentes padrões de timing alimentar e observar marcadores subjetivos (energia, clareza mental, humor) e objetivos (glicemia, composição corporal)
6. O Mito da Gordura Saturada como Vilã

Paradigma Convencional:
A gordura saturada é vista como vilã isolada da saúde, seu mito originou-se nas décadas de 1950 e 1960, quando pesquisas iniciais associaram-na às doenças cardiovasculares sem levar em conta outros fatores dietéticos. Na época, dados limitados e pressões de interesses econômicos simplificaram a relação entre consumo de gordura e saúde cardíaca. Esse contexto favoreceu recomendações pelo uso de óleos vegetais, que apesar de influentes, posteriormente foram revistas com estudos mais aprofundados e uma visão nutricional renovada.
Perspectiva Ancestral e Evidências Atuais:
- Culturas tradicionais como os Masai, Inuit e certas populações mediterrâneas consumiam dietas ricas em gorduras saturadas com baixa incidência de doenças cardiovasculares
- A meta-análise de Siri-Tarino et al. (2010) não encontrou associação entre consumo de gordura saturada e risco de doença cardiovascular.
- O estudo Minnesota Coronary Experiment (reanalisado em 2016) mostrou que substituir gorduras saturadas por óleos vegetais não reduziu mortalidade.
- Óleos vegetais industrializados são ricos em ácidos graxos ômega-6, potencialmente inflamatórios em excesso.
- Gorduras animais contêm nutrientes essenciais como vitaminas A, D, K2 e ácido esteárico, que é neutro para colesterol.
A demonização das gorduras animais (aprofundada em outro artigo deste blog: Desmistificando a gordura animal), foi em grande parte impulsionada por interesses da indústria de óleos vegetais, notadamente através dos estudos de Ancel Keys, cujos dados foram seletivamente escolhidos para apoiar sua hipótese.
Aplicação Prática:
Priorizar gorduras naturais minimamente processadas, tanto animais quanto vegetais (azeite, abacate, coco), evitando óleos vegetais refinados e industrializados. Em geral, o consumo desse tipo de gordura “boa” e minimamente processada está muito aquém dos níveis ideais e necessários para o corpo humano. Desta forma, em muitas pessoas surgem sintomas como defifiências vitamínicas, queda de libido, falta de motivação e sonolência, indícios que são fortemente correlacionados a baixa ingestão de gorduras e uma dieta com enfase predominantemente na alta ingestão de carboidratos.
Sinta seu próprio corpo
A nutrição tradicional frequentemente se alinha melhor com nossa fisiologia evolutiva do que muitas recomendações modernas. Ficou com dúvidas ? Coloque em prática e experimente você mesmo novos hábitos. Neste sentido, só atingimos a verdadeira compreensão quando aprendemos a sentir nós mesmos como nosso próprio corpo reage a diversos hábitos e condicionamentos alimentares. Ao questionar estes paradigmas nutricionais convencionais, não estamos apenas revisitando a sabedoria ancestral, mas também nos aproximando de uma compreensão mais profunda e científica de como nossos corpos realmente funcionam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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REFERÊNCIAS DE SITES:
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- Weston A. Price Foundation (westonaprice.org)
- Nutrition Coalition (nutritioncoalition.us)
- Examine.com
- The Obesity Code Network (www.theobesitycodenetwork.org)
- True Health Initiative (www.truehealthinitiative.org)
- Chronobiology International Journal (sitewww.tandfonline.com)
- Society for Research on Biological Rhythms (srbr.org)